Sábado passado nós tivemos a nossa primeira reestreia: O vestidinho preto/ A revolta da primavera.
O primeiro ato, O vestidinho preto conta a história de Coco Chanel, E o impacto que ela causou no feminismo ao liberar as mulheres da prisão que era o corsete e ao popularizar o look casual chique como o padrão de estilo feminino.
O segundo ato, A revolta da primavera é sobre Igor Stravinsky e o processo de criação da obra A sagração da primavera (Le sacre du printemps). Mesmo que Le sacre tenha sido composto para um ballet de Nijinsky, quando foi estreado no teatro da Champs-Elisées no dia 29 de Maio de 1913, a natureza moderna da musica e da coreografia causaram revolta na audiência que ali estava.
Todo o balé tem música de Stravinsky, que a nossa Orquestra toca ao vivo.
Reestrear um ballet é um processo bem menos trabalhoso que uma nova criação. Geralmente temos uma semana de ensaio para substituir algumas pessoas e relembrar a choreographia, e um ensaio geral que envolve tudo: figurino, cenário, luz, e nesse caso, a orquestra.
Mas, a semana passada foi extra trabalhosa. Além de dançar o meu papel no grupo, eu tive a oportunidade de dançar um solo que eu estava estudando: Misia. A Misia era a melhor amiga de Coco Chanel, e uma socialite muito influente e popular nas rodas parisianas de 1920. Esse papel foi criado para a minha amiga Harriet Mills, e ela o dança lindamente, o que significa que eu tinha muito o que correr atrás.
Geralmente para as reestreias nós só ensaiamos com os nossos professores, mas desta vez tivemos a oportunidade de ensaiar com o coreógrafo Terence Kohler, já que ele viria mudar a música de uma das cenas do ballet. Isso foi ótimo, pois geralmente quando o show já está correndo há algum tempo, alguns detalhes se perdem, então foi muito bom sermos relembrados das pequenas coisas que fazem a diferença entre sucesso e desastre. Mas a mudança da cena adicionou um pouquinho de stress à semana. Nós aprendemos a música e a coreografia nova Quinta-feira a noite, e Sexta-feira fomos para o palco para o ensaio geral. É um sentimento muito estranho ir para o palco insegura, geralmente temos tantas horas de ensaio no estúdio que a memória muscular entra em cena e podemos aproveitar o personagem. Mas quando e cérebro ainda está ocupado em lembrar os passos, fica difícil concentra 100% na história a ser contada.
Mas não deu tempo nem de me preocupar. Sábado de manhã tivemos tempo de fazer a cena novamente, e depois de algumas correções de última hora, Coco Chanel voltou com toda glória no Sábado a noite. Eu aproveitei muito o papel de doidinha da Misia, e como sempre a nossa orquestra foi maravilhosa! Dançar com música ao vivo já é um privilégio, mas com a qualidade da nossa Orquestra é uma honra enorme. (vou escrever mais posts nesse assunto).
E depois de uma semana muito cheia esses dois dias livres foram muito bem merecidos.
Que Legal Lari!!!!
Como gostaria de te assistir!!!!
Parabéns
Bjos
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Obrigada Milena! Quem sabe um dia 😉
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